Cultivo da mamona cresce 87% na Região de Irecê e é destaque na Bahia

Cultura traz nova esperança e promete diversificar panorama econômico regional.

A cultura da mamona, que em tempos remotos já foi usada como moeda, agora emerge como protagonista nos campos agrícolas da Bahia. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta um aumento de 100% na produção de mamona para a safra 2022/2023, indicando um salto de 42,8 mil para 91,4 mil toneladas, impulsionando a produção em 113,6%. O estado da Bahia lidera o cultivo dessa planta e enxerga além do biocombustível, adentrando as indústrias de cosméticos, extração de óleo e produção de superplásticos.

A Bahia tem se estabelecido como pioneira no cultivo de mamona, alavancando sua economia e fomentando uma revolução na indústria local. O município de Irecê, situado na Chapada Diamantina, assume um papel de destaque, abrigando 87% da área cultivada com mamona. Com lavouras de vigor promissor, a cultura da mamona traz uma nova esperança para os produtores e promete diversificar ainda mais o panorama econômico da região.

A mamoneira, planta semi-perene, permite a exploração produtiva nos anos subsequentes ao plantio, impulsionando pequenos e médios produtores. A utilização de sementes híbridas desenvolvidas pela Embrapa, que são resistentes ao estresse hídrico, aliada ao preparo do solo e plantio mecanizados, contribui para um cultivo eficiente. A colheita, embora manual, apresenta debulhamento mecanizado das bagas, combinando tradição e modernidade.

Resiliência agrícola

A alta adaptação da cultura da mamona ao ambiente semiárido e a baixa vulnerabilidade a pragas e doenças consolidam sua longevidade na região, particularmente para produtores com recursos limitados. O prognóstico para a safra de grãos na Bahia indica um crescimento de 12,1% em relação ao ano anterior, somando 13,5 milhões de toneladas.

Desafios climáticos

Apesar dos avanços, a região enfrenta desafios climáticos, com chuvas variáveis e o início da estação seca afetando o bioma caatinga. A gestão sustentável da água torna-se crucial para garantir a prosperidade contínua da cultura da mamona e a estabilidade das atividades econômicas relacionadas.

Em um cenário de crescimento sustentável, o renascimento da mamona na Bahia sinaliza não apenas uma prosperidade econômica, mas também a diversificação da produção, promovendo um futuro mais resiliente e dinâmico para a agricultura da região.

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